terça-feira, 24 de agosto de 2010

Vestibular: como decidir a profissão?



Como eu disse no primeiro post, algumas coisas que eu pensava na época do meu vestibular se mostraram totalmente erradas. Eu tentava buscar informações, lia guias de profissões, fiz testes vocacionais. Mas algumas coisas ninguém nunca me disse.

Por exemplo... será mesmo que os testes vocacionais vão te ajudar a decidir alguma coisa? Eu fiz 2. Um em forma de prova escrita, onde eram medidas as habilidades e a vocação com base nas respostas. Achei ele bem razoável, mas haviam coisas que não me agradaram. O outro na verdade era a orientação da psicóloga da minha escola. E aí pior minha insegurança. Ambos deram a mesma faculdade: Direito.

Então qual era o meu problema? É que além de nunca ter tido aquela "paixão" utópica por alguma área nos testes frequentemente me deparava com perguntas que me deixavam muito na dúvida. E eles eram exatamente na área que media a "vocação". Será que marcar uma letra em uma múltipla escolha totalmente sem convicção conta? Afinal era isso que ia decidir tudo. E esse problema tive nos 2 lugares. Embora a psicóloga não tenha me apresentado múltiplas escolhas, fazia algo terrível: me mandava fazer uma lista de profissões e ir diminuindo aos poucos.

Bom... eu tenho 100% de certeza de que se estivesse fazendo os testes em outros dias marcaria respostas diferentes e escolheria questões diferentes. E essa é a questão: a gente sempre está mudando.

Pior: na época eu era muito jovem. Nem sabia quem eu era. Só consegui achar mesmo uma identidade muito depois. Não conhecia pessoas extremamente importantes, não tinha pensado em certas coisas, não tinha tido as experiência que tinha que ter passado para crescer. Ou seja: aquele não era o "eu" que sou hoje e que iria me transformar mais cedo ou mais tarde. Como o teste podia dar certo?

Bom, não deu... se voltasse no tempo com certeza não teria escolhido Direito. Mas o fato é que precisamos tomar uma opção, mesmo que a maioria das pessoas não tenha maturidade o suficiente naquela idade.

E aí volta aquela conversa sobre ter várias decisões no resto da vida. Você sempre pode fazer outro vestibular, escolher uma área dentro daquela profissão que tenha mais a ver com você, fazer um MBA ou mestrado em outra carreira e unir seus conhecimentos, tentar concurso público, etc...

Então o que fazer para escolher bem? Não tem como escolher 100% bem, a não ser que você seja bem maduro ou tenha tido aquela paixão louca por uma atividade. Você vai se descobrindo com o tempo. Então o que fazer? Bom, vou explicar melhor depois, mas é muito importante você tentar saber de qual caminho será proposto a você no futuro. Não um caminho reto, mas cheio de entroncamentos lá na frente. O objetivo é dar o primeiro passo na direção "mais ou menos" certa. Acho que já é um ótimo começo, nã0?

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

O que fazer?



Lembro até hoje de quando estava no terceiro ano do ensino médio. Não tinha a menor idéia do que fazer, que profissão seguir. Sempre pensei que fosse mais ou menos como estar apaixonado: na hora que aparecesse a profissão "certa" o meu coração simplesmente pularia e algo mágico aconteceria. E aquela simples decisão iria decidir toda a minha vida. Bem, isso já foi há muito tempo e até hoje nunca senti nada assim. Pior, descobri que estamos constantemente em dúvidas do mesmo tipo daquelas que sentimos naquele momento.

Podemos até mesmo "acertar" de primeira e seguirmos na mesma profissão que escolhemos com 17 anos. Mas depois já vemos outros "dramas" dificílimos pela frente. Em qual área dentro daquela profissão devo me especializar? Quando e onde arrumar estágio? Devo seguir a vida acadêmica, tentar concurso ou arrumar um bom emprego na iniciativa privada? Todas essas são escolhas tão importantes quanto a primeira. Não duvide, você várias vezes terá que planejar seu futuro e decidir tendo poucas informações. Exatamente como no vestibular.

Enfim, o primeiro passo é saber que você deve ter um planejamento constante. E que informações úteis nunca são demais. Aliás, certamente elas sempre serão poucas.